quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Coringa

A caixa do baralho foi aberta. Todas as cartas brincavam de se misturar antes de serem distribuídas. Ia começar o jogo preferido da maioria das cartas: Buraco. Na primeira rodada o 6, o 7 e o 8 de espadas foram colocados na mesa. Era incrível a sintonia deles, realmente era óbvio que eles pertenciam ao mesmo naipe e deviam ser colocados juntos. Aos poucos a mesa foi ficando preta e vermelha. Mas alguns jogos tinham uma carta que não era de nenhum naipe. Era o Coringa. Servia pra completar qualquer jogo quando a carta certa não estava lá. Ele podia visitar todos os jogos a qualquer momento já que conhecia todas as cartas. Depois de brincarem, era hora de voltar para a caixa. As cartas foram guardadas exatamente na ordem que deviam estar: começando pelo Ás e fechando com o Rei até chegar no último Rei do último naipe. No fim, ficou para fora da caixa a única carta que não pertencia a nenhum naipe: o Coringa. Era a última carta a ser guardada. De que vale se encaixar em todos os jogos e no fim não pertencer a nenhum...

2 comentários:

  1. é horrivel, pensar que faz parte de um grupo, e se senti deslocado :S

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  2. que bom, seus textos são otimos, lindos mesmo, voce merece! Espero que você cumpra com as regras dos prêmios :)
    beijos ;*

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